Postado há 5 anos
Por Ângelo
Autor: Ângelo Beck
A casa da dona Rosa
Tem floreiras na janela
Quem está com muita sêde
Vá pedir na casa dela
As cores do arco-íris
São sete eu já contei
Em baixo tem um tesouro
Procuro mas não achei
Fizeram uma grande festa
As tintas de uma paleta
Dançaram, se misturaram
E a coisa ficou preta
Piano tem doze notas
O ano tem doze meses
Relógio às doze horas
Bate o sino doze vezes
A tumba de um cemitério
Dizem ser mal assombrada
À noite quem é medroso
Não passa pela calçada
Um castelo muito antigo
Dizem ter assombração
À noite tome cuidado
Não passe no seu portão
De manhã se chama Dalva
A estrela do nascente
À noite se chama Vênus
A estrela do poente
As penas de uma galinha
Caíram lá no terreiro
Passou logo uma ratinha
Fez delas seu travesseiro
O carimbo da doutora
Tem uma linda almofada
Quando ele lá se deita
A folha fica marcada
A ponta desta caneta
É toda feita de ouro
Se escreve "Eu te amo"
Vale mais que um tesouro
Espada que faz justiça
Não sai fora da bainha
Se faz com sabedoria
Justiça dessa rainha
Uma agulha muito fina
Com uma linha amarrada
Da a volta nos tecidos
A roupa sai costurada
Todo o ano tem um dia
Que é meu aniversário
Da festa está dispensado
Quem for meu adversário
As quadras de uma cidade
São feitas com pedras rosas
As quadras do meu versinho
Com rimas muito formosas
As quadras de uma cidade
São feitas com pedra azul
As quadras do meu versinho
Com rimas que vem do Sul
As quadras de uma cidade
São feitas de diamantes
As quadras do meu versinho
Com beijo de dois amantes